Só sei quando nos tocamos, o coração fica rachado como por um relâmpago, basta a ponta dos dedos paciente. Para gerar essa corrente infinita invadindo por canais que nenhum outro pode alcançar, a busca nunca será singular, para acender chamas delicadas através de seus membros, para possuí-lo até o núcleo mais cru. Você uma vez queimou por isso, um brilho estelar quase radiante demais, perigoso demais para segurar uma constelação pulsando em minhas mãos.
Só sei quando nos tocamos, essa colisão sem esforço de seres, a precisão fluida possuída quando os corpos não cantam mais por conta própria, basta a dança intrincada de sua respiração dançando sobre essa pele. Para fechar bem minha boca sobre a sua, os murmúrios não são em linguagem conhecida, mas são entendidos da mesma forma, para conhecer os impulsos que nos conduzem, a oração universal desesperada a ser consumida. Você uma vez queimou por isso, a atração imparável da nossa gravidade, um brilho estelar quase abrasador demais, luminosidade muito perigosa para envolver, uma constelação desmoronando em minhas mãos. Eu só posso sentir isso quando nos tocamos. Quando nossos corpos não podem mais cantar por conta própria.
Percebendo o mundo ao meu redor.…
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